quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Entrevista com a escritora Fernanda França


Fernanda França é jornalista e escritora, autora dos livros de gênero chick-lit ‘’Nove Minutos com Blanda’’, ‘’Malas Memórias e Marshmallows’’,  ‘’Bolsas Beijos e Brigadeiros’’ e ‘’O Pulo da Gata’’. Ela já fez cursos de especialização pelo Knight Center for Journalism in the Americas, EUA, trabalhou durante doze anos como repórter e atualmente vive com o marido e filho no interior de São Paulo. 
Faz três anos que li seu livro ‘’Malas, Memórias e Marshmallows’,  e desde então acompanho seu trabalho e estou sempre ansiosa para um próximo lançamento, a Fernanda tem um diferencial nas suas histórias, porque seus romances abordam temas importantes e que podem fazer toda diferença na vida/concepção de alguém, isso é uma das coisas que eu mais admiro na sua escrita, então se você ainda não leu nenhum desses livros, leia pois garanto que não irá se arrepender. A autora já veio para Curitiba em 2014 e eu tive o prazer de conhece-la, é ainda mais querida pessoalmente e de uma simpatia contagiante. Atualmente ela já terminou de escrever seu quinto livro, e tem mais novidade por ai, vocês irão saber logo abaixo nas perguntas que ela respondeu.   

Espero que gostem!  


1.    O que esperar do seu novo livro?

Olá, pessoal!

Tenho uma novidade linda, que é a participação em um livro de contos com outras oito escritoras incríveis. É “O Livro Delas”, lançamento da Rocco pelo selo Fábrica231 para a Bienal de São Paulo. Meu conto se chama “Eu vou te esperar” e estou muito feliz por fazer parte desse projeto. Espero todos vocês para o lançamento oficial na Bienal de São Paulo no domingo dia 28 de agosto das 10h às 12h na área de autógrafos 1.
O livro reúne contos de nove autoras. Além de mim, estão no projeto Bianca Carvalho, Carolina Estrella, Chris Melo, Fernanda Belém, Graciela Mayrink, Leila Rego, Lu Piras e Tammy Luciano. A organização dos contos é de Renata Frade.
Meu novo livro “solo” ainda não tem previsão para ser publicado, por isso ainda não posso contar muito sobre ele, mas é o livro que mais me emocionou escrever até hoje. É uma comédia romântica, mas que trata de temas sérios e que há tempos eu queria abordar nos meus livros. Não vejo a hora de poder mostrar para vocês. Garanto que está um trabalho lindo e estou muito ansiosa para que conheçam essa história.

2.    Seus livros são romances leves e que sempre abordam temas que são muito importantes e atuais, acho isso genial. O que te inspira a escrever suas histórias?

Puxa, obrigada! :-)

Fico tão feliz, porque escrever para mim é uma das minhas maiores alegrias. Quero levar diversão, mas também gosto de abordar temas sérios. É como se eu pudesse lidar com alguns assuntos difíceis de maneira leve, no meio da comédia e do romance. Como quando falo, por exemplo, de preconceito, de morte, da importância da família e dos amigos. No livro novo, eu trago temas como racismo, adoção, violência contra a mulher e outros assuntos, mas não deixa de ser um romance, com uma linda história de amor.
O que me inspira a escrever é levar uma mensagem bacana para as(os) leitoras(es). É tocar o coração das pessoas, poder mostrar a elas que tudo pode melhorar, que elas podem ser felizes, descobrir uma profissão que gostam, enfim, que podem dar a volta por cima. Se eu conseguir melhorar um pouquinho a vida de uma pessoa, já terei cumprido minha missão.

3.    Como é conciliar a vida de mãe e escritora?

Uma loucura! (risos)

Meu filho Angelo tem quatro anos, então exige muito de mim. Enquanto ele está acordado, eu nunca estou trabalhando. Por isso acabo escrevendo sempre de madrugada, assim como realizo meus outros trabalhos (também sou revisora e preparadora de textos) nesse mesmo horário. Tudo sempre quando ele dorme. Agora estou grávida novamente, então sei que terei mais um desafio pela frente. :-)

4.    Como é seu processo de criação, quanto tempo você leva para escrever suas histórias?
Cada história teve um tempo diferente, de acordo com meu amadurecimento como escritora e do momento pelo qual estava passando. O primeiro livro, 9 Minutos com Blanda, escrevi quando ainda trabalhava em um jornal como repórter e ainda não tinha pretensão de publicar um livro. Escrevi durante dois anos. O segundo, Malas, Memórias e Marshmallows, levou o mesmo tempo. O terceiro, Bolsas, Beijos e Brigadeiros, eu escrevi quando estava grávida do Angelo e uma parte depois que ele tinha nascido e demorou um ano mais ou menos. O Pulo da Gata ficou pronto em nove meses e o livro novo eu escrevi em sete meses.

5.    Você que já trabalhou como jornalista, que conselho você daria para quem quer seguir essa profissão? Vale a pena?

Sempre vale a pena fazer aquilo que você ama. Não importa qual é a sua escolha, o que vale é fazer aquilo o que faz você feliz, ou nada terá valido a pena. Eu sempre quis ser jornalista e amei os 12 anos que trabalhei na área. Meu conselho é: leia muito! Mas esse conselho eu dou para qualquer pessoa (risos). Acho válido começar a trabalhar cedo, a buscar freelas para ganhar experiência.

6.    Como você descobriu que queria ser escritora?

Acho que no fundo eu sempre quis ser escritora, porque quando eu era criança eu dizia que seria “poetisa” quando alguém me perguntava. Então acho que a literatura estava no meu coração desde sempre. Mas depois que eu acabei meu primeiro livro, e mandei para algumas amigas lerem, eu quis muito que outras pessoas conhecessem minha história. Acho que aí que eu descobri que era escritora.

7.    Sua família lê seus livros?

Sim! Meu marido geralmente é o primeiro a ler e opinar. Minha mãe não leu os primeiros logo que escrevi, mas agora ela lê quando ainda estou escrevendo e fica pedindo capítulos novos! (risos). Meu pai não lê muito, mas indica para todo mundo e compra para dar de presente para os amigos. Minhas tias também leem. Eu adoro quando descubro que alguém da família leu um livro meu.

8.    Sabemos que não é tão fácil publicar um livro. Qual o conselho que você daria pra quem está começando agora e sonha em ver o livro publicado?

Ler muito é o melhor conselho para qualquer escritor. E é importante saber que é uma carreira maravilhosa, mas muito difícil no Brasil. Publicar é o resultado do trabalho, vem lá na frente e antes disso você deve se preocupar em levar o melhor texto para seus leitores. Hoje em dia existem ferramentas para o autor publicar de forma independente e conquistar o público antes mesmo de conseguir uma editora e esse é um caminho novo e muito promissor.

9.     Foi muito difícil o processo de contatar as editoras para poder publicar seu livro?

Na época do primeiro livro, em 2009, entrei em contato com várias editoras. Se já é difícil hoje, com uma maior abertura aos autores nacionais, eu acredito que na época era bem mais difícil. Consegui publicar sob demanda e no segundo livro já tive um material maior para buscar novas editoras.

10.  Qual foi a sensação quando você publicou seu primeiro livro?

Foi a realização de um sonho, uma alegria tão grande que com certeza foi um dos dias mais felizes da minha vida. Até hoje, quando vejo um livro meu em uma livraria pela primeira vez, eu sempre fico emocionada e quase sempre derramo umas lágrimas. É como se fosse tudo pela primeira vez e cada livro traz uma emoção nova. Escrever é a minha vida! Sou muito grata a meus leitores por me proporcionarem a oportunidade de ter uma profissão que tanto amo. Obrigada!

Grande beijo e me sigam na internet!
Fernanda França
YouTube: www.youtube.com/fernandafranca
Twitter: @fernandafranca
Instagram: @fernandafranca

Eu que agradeço a você. Fer! Muito Obrigada por reservar um tempinho e responder as perguntas com tanto carinho, eu adorei :)

Pessoal, ''O Livro Delas'' já está em pré venda, então aproveitem para conhecerem o trabalho da Fernanda e de outras escritoras incríveis.