terça-feira, 29 de março de 2016

Resenha: O lado mais sombrio


Título: O lado mais sombrio
Autor: A. G. Howard
Páginas: 368
Editora: Novo Conceito

"O lado mais sombrio", é uma releitura do livro clássico de Alice no País das Maravilhas de Lewis Carroll, publicada em 2014. Escrito pela norte-americana A.G.Howard, trata-se do primeiro livro da trilogia Splintered. O segundo volume chama-se "Atrás do Espelho" e há também um conto que já foi lançado, intitulado "A Mariposa no Espelho".
Nesta nova versão conhecemos Alyssa Victoria Gardner, uma adolescente de 17 anos que têm um estilo próprio e todo descolado, anda de skate, usa maquiagens fortes e cabelo loiro com alguns dreadlocks na cor azul. Mas tudo isso tem um por quê. Alyssa é tataraneta de Alice Lidell (sim, aquela mesma Alice que conhecemos do País das Maravilhas). Ela criou seu jeito para que não aja semelhanças com a Alice, enfrentando a difícil situação de ser chacota desde sempre por ser descendente de Alice, carregando o fardo desta história maluca, convivendo e ouvindo sobre País das Maravilhas que está a décadas assombrando sua família.
           Alyssa não é uma garota "normal", sua vida é uma bagunça. Ela ouve plantas e insetos, mesmo sem querer e sem perceber, porém esconde isso de todo mundo para que ninguém pense que ela está louca. Como uma forma de calar essas vozes, captura os insetos e faz quadros com eles, que se transformam em verdadeiras obras de arte, retratando estranhas paisagens que parecem sair de um mundo diferente. Sente uma paixão secreta por Jeb, um amigo de infância, a pessoa quem ela mais confia e ama, que infelizmente a vê apenas como uma irmã.

"Os insetos não morrem em vão. Eu os uso em minha arte, dispondo seus cadáveres em formatos e desenhos. Flores secas, folhas e cacos de vidro dão cor e textura aos desenhos feitos sobre uma base de gesso. Essas são minhas obras de arte... Meus mórbidos mosaicos."

Convive com uma maldição, onde todas as mulheres descendentes de Alice tem alucinações um tanto reais sobre o País das Maravilhas, levando-as a loucura. Além de enfrentar este grande problema, pois sua mãe, Alison, está internada em um sanatório, totalmente descontrolada e louca, pois também acredita no País das Maravilhas e que não há como fugir de seu destino. Aos poucos, Alyssa vai percebendo que sua mãe não é tão louca, há algum segredo por trás de suas palavras desconexas que diz. Então, Alyssa tenta juntar tudo como se fosse um enorme quebra-cabeça.



Em dia de muita chuva, Alyssa fica sozinha em casa após ter uma discursão com Jeb. A luz acaba e ela ouve vozes misteriosas através do espelho, sendo transportada aquele mundo que custava acreditar, é nessa hora que tudo aquilo vira realidade: O País das Maravilhas existe! Tudo que ela sempre ouviu a respeito deste lugar é verdadeiro e Alice esteve realmente ali. Na mesma hora com um forte pensamento, Alyssa deseja estar ali com Jeb, o seu verdadeiro amor. Por ter pedido com o coração, o desejo é realizado e os dois enfrentarão todas as possíveis situações de aventura deste mundo nesse mundo mágico, obscuro e fantasioso. Lá, ela conhece o estranho e atraente Morfeu, um ser intraterreno que vai colocá-la em dúvida sobre seu destino. Nesta jornada bizarra, Alyssa se vê na obrigação de quebrar a maldição e consertar os erros cometidos por Alice quando esteve neste lugar, que agora está completamente diferente.

"A chave. Ela concede desejos. O rapaz sombrio que é meu guia me disse para desejar com todo o coração. Então, quando visualizei Jeb ao meu lado antes de entrar, porque o queria comigo, ele entrou também."

O livro é narrado em primeira pessoa e A. G Howard teve uma ideia brilhante ao recriar um novo País das Maravilhas aproveitando bem o existente e ao mesmo tempo criar coisas novas e completamente inusitadas, com seres muito bizarros, além dos personagem que já conhecemos do País das Maravilhas, mas lógico com umas pontinhas físicas e psicológicas diferentes, assim como toda a história tem o lado sombrio, louco e ao mesmo tempo cheio de luz, paisagens exóticas e personagens cheios de ação, aventura e altos segredos e um romance para apimentar a história, melhor especificando, um triângulo amoroso.
A diagramação é perfeita, a capa me chamou a atenção desde o início e os capítulos se apresentam com desenhos de folhas e dão muito charme à leitura. Escrita impecável, boa narrativa, rico em detalhes, nada passando despercebido ao decorrer da história.

"E aqui estou eu, a união de tudo isso. A luz e a escuridão ao mesmo tempo. Caso eu cedesse a um dos meus lados, será que eu teria que abdicar do outro? Meu coração dói ao pensar nisso. De alguma maneira, sinto que preciso dos dois para estar completa."

Quem me conhece sabe o quanto eu sou fascinada pelo mundo de Alice no País das Maravilhas. Acho incrível este universo completamente louco criado por Lewis Carroll, cheio de charadas e brincadeiras entre o real e a fantasia. Apesar de eu achar que do meio para o final da história ficou confuso e a leitura cansativa por causa dos longos capítulos e detalhes demais, eu recomendo a leitura para quem assim como eu, ama a história de Alice no País das Maravilhas, vale a pena pois desperta sua imaginação ao criar as paisagens e os personagem em sua mente, conhecendo um novo ângulo e uma nova versão atual do País das Maravilhas, esse mundo mistério criado por Lewis Carroll que é contada de geração a geração.


terça-feira, 22 de março de 2016

Resenha: O mundo de Anne Frank - Lá fora, a guerra


Título: O Mundo de Anne Frank - Lá fora, a Guerra
Autora: Janny van der Molen
Ilustradora: Martijn van der Linden
Páginas: 184
Editora: Rocco Jovens Leitores

"O Mundo de Anne Frank", escrito pela jornalista holandesa Janny van der Molen, teve sua publicação em 2015. O livro é um projeto único e não perdeu nenhum detalhe da história. Para sua composição, a autora usou além do próprio diário de Anne, pesquisas nos registros históricos da época, entrevistou pessoas que conheceram a jovem e, além das visitas aos campos de concentração e a antiga casa onde Anne e a sua família ficaram escondidos durante a guerra, que foi transformada em um museu em Amsterdã (espero conhecer algum dia). Para quem ainda não a conhece, Anne Frank foi uma garota judia que ficou escondida junto com sua família em um Anexo secreto num edifício comercial para não serem descobertos e capturados pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, assim, narrou em seu diário os fatos de como foi sua vida neste período.



Diferente do diário escrito por ela própria, O Mundo de Anne Frank explora muito mais a vida de Anne, recriando o seu mundo desde o nascimento em 12 de junho de 1929, toda a sua infância, o relacionamento com a família e os amigos, o período em que esteve no esconderijo até a sua morte em 1945. A autora buscou dividi-lo em dez temas: brincadeira, família, guerra, normas, medo, diário, sobrevivência, paixão, traição, horror; além do o que aconteceu depois e álbum de família. Ao contrário ao livro original, a narrativa é feita em terceira pessoa e de forma romantizada com uma linguagem simples, tornando a leitura fácil e acessível também para o público infanto-juvenil. Eu achei muito interessante esse detalhe, pois todos merecem conhecer a história de Anne Frank, em vista que Anne queria passar a esperança de um mundo melhor, acreditando no lado bom das pessoas, além dos sonhos e pensamentos que gostaria que todos conhecessem. Isso tudo ao olhar de uma adolescente de 13-15 anos.



          A diagramação e as ilustrações dão um charme especial na obra, enriquecendo e expressando exatamente o que está ali escrito, construindo esse lado triste do Holocausto e todos os seus horrores, em algo tão delicado e menos pesado, mas nunca perdendo a essência central da história. Janny van der Molen foi fiel as fontes originais e aos fatos históricos que aconteceram nesse período.


"Lá fora, a guerra. Então eles permaneceram lá dentro. Dia após dia. Escondidos, aguardavam em silêncio e com medo o final daquela terrível guerra. Mal lembravam como era abrir a porta da frente e andar em plena luz do dia. Sentir o sol, o ar fresco, rir e andar pela rua, pegar um bonde, fazer o que bem entendessem... O mundo lá fora se tornou o inimigo. O mundo lá fora dava medo."

O livro 'O Diário de Anne Frank' foi uma leitura que me marcou muito, se tornando um dos meus livros favoritos. Na época em que li (foi para um trabalho de história e a minha mãe me falou sobre esse livro), eu fiquei impressionada com os relatos e emocionada com cada acontecido na vida de Anne. Nem preciso dizer o quando fiquei encantada por esse novo livro que gira em torno de seu diário. Recomendo essa obra para quem já leu o Diário ou conhece a história de Anne Frank, que agora está sendo contada de forma simples e com muita sensibilidade e delicadeza, mas que ainda não deixa de ser comovente e emocionar muitas pessoas ao redor do mundo.
         Já foi feita a resenha do livro "O diário de Anne Frank", confira: Clique aqui e conheça a história



domingo, 20 de março de 2016

Resenha: A Irmandade Perdida



Título:  A Irmandade Perdida
Autora: Anne Fortier
Páginas: 527
Editora: Arqueiro


Publicado pela editora arqueiro ‘A Irmandade Perdida’ é o segundo livro da escritora americana Anne Fortier, seu primeiro romance ‘Julieta’ vendeu mais de 30 mil exemplares só aqui no Brasil, e segundo a revista Publisher Weekly é considerado um Código da Vince para mulheres.

Em ‘A Irmandade Perdida’ o livro conta a história de duas mulheres que apesar da grande distância de tempo de mais de 300 mil anos, tem algo em comum: manter vivo o legado das amazonas. A história se intercala entre passado e presente, e ora estamos acompanhando a trama na perspectiva de Mirina, a primeira rainha amazona, e ora na de Diana Morgan, a filóloga e professora da renomada universidade de Oxford.  

Mirina é uma caçadora do norte da África, após dias na mata ensinando a pequena irmã Lili a se tornar uma caçadora ela volta para a aldeia em que vive, só que ao chegar lá se depara com morte, praga e destruição. Sua mãe está morta e a única coisa que deixou para as filhas foi seu bracelete, que é usado como símbolo de irmandade a Deusa da Lua, e era o templo da Deusa que a mãe tinha mandado as meninas procurarem caso houvesse algum problema, xingadas pelo povo da aldeia que culpara a mãe delas pela praga que se alastrava, as duas partem em uma viagem longa e difícil, passam fome, sede, frio, ficam doentes e Lili acaba ficando cega por conta dessas enfermidades.

 ‘’Lembre-se que você é uma irmã. Uma irmã não precisa de olhos para ser útil, só de um sorriso e de um coração valoroso.’’

Após dias de tanto sofrimento elas chegam no templo, mas só são bem vidas após a Suma Sacerdote ver a coragem e extinto de caça de Mirina, que assim a convida a ficar com a intenção de que ela ensine as irmãs sacerdotisas a lutarem, porém quando piratas gregos invadem o local matando, estuprando e sequestrando suas irmãs, incluindo Lili, Mirina parte com as sacerdotes sobreviventes em busca das irmãs sequestradas. Atravessando o mediterrâneo de maneira heróica ela conhece Páris, o príncipe de Troia, que lhe oferece ajuda, mas quando quase tudo parece se encaixar uma paixão deixa Mirina incerta do que fazer, dividida e confusa ela toma uma decisão na qual ela nem imaginava as consequências que teria de enfrentar.

Eu sou uma amazona, matadora de animais e de homens. A liberdade corre em minhas veias; corda nenhuma pode me prender. Eu nada temo; é o medo que foge de mim. Ando sempre para a frente, pois esse é o único caminho. Quem tentar me impedir sentirá minha fúria."
          
           Diana tem verdadeira obsessão pelas amazonas desde a infância, quando passou a saber sobre o assunto através da misteriosa avó Kara, que alegava ser uma amazona e que por conta disso era tachada como louca pelo seu filho e sogra. A menina sempre acreditou nas histórias que a avó lhe contava, seus pais preocupados que a sanidade da avó acabasse fazendo mal a filha, estavam decididos a interná-la, entretanto antes que se dessem conta Kara some sem deixar vestígio algum.
       
         Agora passado anos, Diana trabalha em Oxford como professora, sua obsessão pelo assunto ainda continua vivo, e suas constantes pesquisas são provar que elas de fato existiram, virando até mesmo motivo de piada para alguns na universidade. Quando voltava para casa após mais uma apresentação fracassada, ela é interrogada por um senhor que a convida a ir para Amsterdã a uma escavação escondida e secreta para decifrar um código que tudo indica ser uma alfabeto amazônico.

"Isso que está em suas mãos é um alfabeto amazônico ainda não decifrado, e entenda o seguinte: nós estamos dando à senhora a oportunidade de ser a primeira a tentar.''

Depois de pensar sobre o assunto e pedir conselhos aos amigos que não concordam pelo motivo de que poderia ser perigoso demais, tentada a provar a existência das amazonas e com a ajuda de um caderno deixando pela avó, ela aceita e viaja até o norte da África onde conhece Nick Barran, um homem enigmático que no começo não causa uma boa impressão, mas que tem muito em comum com Diana, mais do que podemos imaginar.

Ambos se lançam em uma jornada perigosa para tentar desvendar o mistério dessas mulheres selvagens, percorrendo Inglaterra, Argélia, Grécia e as ruínas de Tróia eles enfrentam perigos e intrigas a cada viagem. Diana fica cada vez mais perto de descobrir toda a verdade por trás do mito, só que isso tudo por um preço, há pessoas interessadas nas amazonas, mas não da mesma forma que ela, e que são capazes de tudo para encontrá-las antes de qualquer um.

Anne Fortier mais uma vez me deixou maravilhada com sua escrita instigante e cheia de detalhes, já havia lido seu primeiro livro ‘Julieta’ e me encantado, nessa nova história me surpreendi novamente, um livro recheado de mistérios, suspense, reviravoltas, romance e contextos históricos que prendem o leitor e fazem a leitura fluir rapidamente.

Há diversos elementos da história grega, como a Guerra de Tróia e alguns de seus personagens, tudo isso é detalhado no livro de forma diferente como conhecemos, agora com as amazonas no meio de tudo. Nunca tinha lido livros de mitologia, de nenhum tipo, mas agora fiquei extremamente curiosa para ler mais livros assim, foi fascinante mergulhar por dentro dos mitos. A capa e a diagramação do livro é linda e corresponde exatamente com a história, a cada início de capitulo uma frase de históricos gregos nos é apresentada.




  
Porém infelizmente não tenho só elogios, em relação aos personagens nem todos me conquistaram, Nick foi um personagem que me irritou demais, confesso que não gostei dele, Diana também deixou a desejar, não consegui ter empatia por ela, se tratando de Mirina, eu amei, sua coragem, força, delicadeza e senso de justiça me fizeram a admirar, com certeza é a melhor personagem. Recomendo esse livro para quem gosta de romances leves e cheios de mistérios, mas também considero uma leitura obrigatória para quem curte mitologia. 

Confiram o book trailer do livro!! :) 


                      

sexta-feira, 18 de março de 2016

[TAG] Jennifer Lawrence Book Tag


  Olá, leitores! Como vocês estão? Mais um final de semana se iniciando eeee/ Vamos aproveitar para ler muito mais capítulos, porque né, em dia de semana correria é algo meio complicado :(
         Mas vamos ao que interessa! Hoje resolvi fazer algo "diferente" (está entre aspas porque é diferente mas não inovador kkkkk'), na qual ainda não chegamos a fazer no blog que é... Responder uma TAG Literária \õ/ 
         Então para começar escolhi uma tag divertida que quando eu vi pensei: "preciso responder isso", que se chama Jennifer Lawrence Book Tag, porque eu sou super fã da Jenn <3 (e ainda fazemos aniversário no mesmo dia u.u).
    Essa tag eu vi no canal da Luly Trigo com a participação da Melina Souza (link: Canal Luly Trigo), não sei quem foi que criou, mas fica ai os meus créditos caso alguém souber ;)
  O objetivo da tag é simples: São 10 perguntas na qual devemos relacionar a Jennifer Lawrence e alguns acontecimentos da vida dela com categorias sobre livros. Vamos as perguntas e respostas.

 1) Ficando longe das redes sociais: Um livro que você se recusa a ler:
(Para quem não sabe, Jennifer Lawrence não tem nenhuma rede social pelo simples fato de não se sentir confortável).

  Não tenho muitos livros que me recuso a ler, mas um gênero de livro que eu me nego a ler são os de auto ajuda e espiritualismo, nada contra, apenas não sinto atraída por esses livros.

2) O tropeço no Oscar: Um livro ou série que você estava lendo e parou de repente por um evento inesperado:
(Nem preciso explicar essa categoria, né? kkkk' Jennifer Lawrence levou um tombo no Oscar de 2013 quando foi receber seu prêmio de 'Melhor Atriz' pelo filme 'O Lado Bom da Vida', mas em 2014 também levou outro tombo dessa vez no tapete vermelho).

  Bem, eu estava lendo 'Rainha de Copas' e gostei da história, até o porque se passa em Wonderland e eu sou fanática em Alice no País das Maravilhas desde criança. Ai acontece que, finalmente consegui o livro 'Encontrada' de Carina Rissi, continuação de 'Perdida', uma série que amei demais e tem um espaço enorme no meu coração. Lógico que parei de ler Rainha de Copas para ler Encontrada kkkkk' Recomendo esses dois livros!

3) O photobomb na Taylor Swift: Um livro ou série que você não sabia que seria tão popular:
(Photobomb para quem não sabe, é a arte de uma pessoa em "estragar", "atrapalhar" alguém bem na hora da foto. Essa cena hilária aconteceu no Globo de Ouro em 2014).

  Livros de colorir para adultos kkkk' Sério, quando lançaram nunca imaginava que daria tão certo e as pessoas ficaram meio 'enlouquecidas' com essa novidade. Já eu, do contra (novidade kkk') não curto livros de colorir porque não tenho paciência, nem quando era criança eu gostava, imagina agora haha' Enfim, essa ideia foi super original e se popularizou pelo mundo, surgindo assim vários livros com essa finalidade com diversos temas e gostos. Se você curte colorir e quer aliviar o estresse com algo diferente, tá ai uma dica bacana.

4) Trabalhando com David O'Russell: Um personagem problemático que você  ama:
(David O'Russell é um diretor que foi quatro vezes indicado ao Oscar. Ele e Jennifer já trabalharam juntos em "O Lado Bom da Vida", "Trapaça" e o mais recente filme "Joy", lançado este ano. O motivo da categoria é que alguns desses filmes os papéis de Jennifer normalmente é uma personagem meio louca, meio psicótica kkkk').

  Laurel de 'Cartas de amor aos mortos'. Eu escolhi ela mas em si, ela não é 'problemática', porém convive com uma leve depressão depois da morte da irmã e a auto aceitação. Assim, como forma de desabafo já que não encontra ninguém que a entenda, ela começa a escrever cartas para pessoas mortas, melhor dizendo, celebridades (ok, acho que ela tinha problemas sim kkkkk'). A ideia surgiu quando sua professora pediu como tarefa escrever uma carta para alguém que morreu, mas Laurel encontrou nisso uma maneira de aliviar suas dores emocionais. Tem resenha aqui no blog. Link: http://relicariodehistoriasma.blogspot.com.br/2016/02/resenha-cartas-de-amor-aos-mortos.html

5) Mística: Um vilão que acredita que está fazendo o que é certo:
                         (Mística é a personagem que Jennifer Lawrence interpreta em X-Men).

  Presidente Snow de Jogos Vorazes. Ele sempre acha que está fazendo o certo para a população de Panem, fazendo eles aceitarem tudo o que é imposto pela Capital e de certa forma causa medo nas pessoas. Até a aparecer a Katniss (Jennifer Lawrence) e muda toda essa imagem. 
  Obs: Precisamos de uma Katniss para o Brasil!! kkkkkkkk'

6) Bradley Cooper: Um autor que você sempre lê:
(Bradley Cooper e Jennifer Lawrence são os queridinhos do diretor David O'Russel e sempre acabam contracenando juntos).

  Não sou muito ligada em autores de livros, sempre leio aquele livro que me interessou e nem sempre todos os livros do autor(a) irá me interessar. Mas uma autora que ultimamente estou viciada é a Carina Rissi e ainda é brasileira *-* Comecei com 'Perdida' e a partir daí me apaixonei pela escrita da Carina, ela coloca sentimentos, cotidianos, diversão tudo com uma escrita madura e sem aqueles clichês que a maioria dos chick-lit possuem. Recomendo a Carina Rissi com toda certeza! E se você tem preconceito com coisas brasileiras, aconselho parar com isso agora, porque devemos valorizar nossa cultura e sim, existe coisas legais e muito boas que valem a pena, como por exemplo na Literatura. Dê uma chance para o Brasil, ok?

7) Recebendo spoiler de Homeland ao vivo: Um spoiler que você recebeu:
(Jennifer Lawrence em um evento encontrou um ator da série Homeland que estava dando entrevista no mesmo lugar que ela, quando sem querer a entrevistadora soltou um spoiler da 3ª temporada e Jennifer que acompanha a série, estava ainda na 2ª temporada. Pensa na decepção dela ao ouvir o spoiler kkkkk').

  'Convergente', o terceiro livro da trilogia 'Divergente'. A pessoa que me soltou o spoiler achou que eu havia terminado de ler o livro e claro, fiquei chocada. Porém, eu não ligo para spoiler kkkkk' sério, podem me dar spoilers eu sempre irei ler, assistir do mesmo jeito, ai sim que eu vou querer saber o porque aquilo aconteceu kkkkkk' Mas o de Convergente fiquei triste porque não imaginava que aconteceria aquilo :( (Lógico que não serei má e não falarei o spoiler aqui, né? kkkkk').

8) Jogos Vorazes: Sua série favorita:
(Jennifer Lawrence ficou mundialmente conhecida ao interpretar a personagem Katniss Everdeen de Jogos Vorazes).

  Eu iria falar Jogos Vorazes porque essa série é maravilhosa, lacradora e que todos devem ler ou assistir u.u Mas como já é o nome da categoria não teria muita graça. Então eu escolho a série 'Perdida' de Carina Rissi (ok, já falei demais dela, mas sério gente, é ótima), essa série me viciou tanto e estou completamente apaixonada que tenho vontade de reler tudo de novo. Pra mim falta ler o último 'Destinado' e essa série terá 6 livros. Aguardando ansiosamente a continuação e também fica a dica de presente pra mim: não tenho Destinado ainda kkkk'
  Em breve resenha completa dessa série!

9) A obsessão pela amizade: Um personagem que seria seu melhor amigo:
       (Um fato sobre a Jennifer Lawrence: Todos querem ser amigo dela e gostam de sua companhia).

           Eu tenho vontade de ser amiga de quase todos os personagens dos meus livros, ainda espero que algum cientista maluco invente alguma fórmula que pode trazer personagens para vida real kkkk' 
  Para essa categoria, eu escolho o Charlie de 'As vantagens de ser invisível', porque eu me identifico tanto com ele e gosto tanto dele que gostaria de te-lo como amigo (mesmo sendo um dos meus crushs literários kkkk').

10) Tudo que ela já disse: Um personagem muito engraçado/sincero que você gosta:
(Jennifer Lawrence é uma das atrizes preferidas pelos jornalistas, porque é sempre sincera, espontânea e super engraçada).

  Melissa de 'Malas, Memórias e marshmallows'. Ela é uma personagem carismática, engraçada sempre tenta ver o lado bom de alguma coisa e sincera ao extremo. Ela fala tudo o que pensa, independente de quem seja a pessoa e não possui papas na língua. Melissa tem o jeito bem Jennifer Lawrence de ser kkkkkk'


  E essa foi a tag, pessoal! Espero que tenham gostado tanto quanto eu e sintam-se a vontade para respondê-la também! 
 

quarta-feira, 16 de março de 2016

A vida pode ser um conto de fadas


            A vida real não é uma história perfeita dos contos de fadas da Disney, nem tudo é um completo "e foram felizes para sempre" com tudo sendo mágico. Mas quando éramos menininas sempre ouvíamos nos contarem histórias de princesas, príncipes, bruxas e um final feliz. E crescemos acreditando em príncipe encantado, que os problemas são causados por bruxas, nos esforçando para sermos princesas, principalmente acreditando que só seremos felizes no final da história. 
            E se até os contos de fadas têm um pouco da vida real, por que não podemos colocar um pouco de contos de fadas em nossas vidas? Ainda será uma eterna garotinha que acreditava em fantasias, sonhando em estar com vestido branco junto ao seu Príncipe Encantado que irá te carregar até o castelo, estar em um grande baile no século XIX sendo a escolhida para ser concedida a uma dança no balanço de uma música suave, tão suave quanto seus passos... A noite, ao se deitar na cama fechará os olhos e ao amanhecer verá que você teve um "felizes nesse exato momento". E nisso de brincar de ser princesa, percebemos que não importa quem seja o nosso príncipe, e sim que estar feliz agora é muito mais importante do que um final.

        Quem disse que não pode ser uma princesa? Seja como a Mulan, sabe se defender, é determinada em suas ações e corajosa. Como a Bela, quer conhecer o mundo, apaixonada por leitura e enxergando como a pessoa é de verdade, além das aparências. Como a Ariel, confiante, tem que abrir mão de algo valioso para poder viver algo que sempre quis. Como a Cinderela, inteligente, amorosa, se apegue a suas esperanças até que sua bondade seja recompensada e seus sonhos se tornem realidade. Como a Branca de Neve, fiel a suas amizades, tornando-se protetora e leal amiga. Como a Aurora, romântica e sonhadora. E você irá perceber que mesmo não nascendo num berço de ouro sempre foi uma princesa e um dia vai se tornar Rainha. 
           Sorria, sonhe, lute... Construa seu reinado, vá em busca do seu perfeito "The End". E pode ter certeza que para toda princesa há um príncipe te aguardando, mas antes você encontrará vários sapos e feras. Aparecerá bruxas tentando atrapalhar seus planos, conhecerá fadas madrinhas e guardiões que irão te ajudar em seu caminho. Só você será capaz de escrever a sua história e a sua magia vai acontecer, pois contos de fadas é muito mais que esperar um príncipe em um cavalo branco... Contos de fadas é sobre realizar sonhos e vivê-los da melhor forma possível.
                                                                                                                  

segunda-feira, 14 de março de 2016

Resenha: Pollyanna


Titulo: Pollyanna
Autora: Eleanor H. Porter
Páginas: 182
Editora: Companhia Editora Nacional

'Pollyanna' é um clássico da literatura infanto-juvenil da autora Eleanor H. Porter, sendo publicado em 1913, e nos apresenta uma das primeiras heroínas infantis. Uma história surpreendente e misturas de amor, amizade e transformação, de forma intensa e de linguagem simples.
O livro narra a história de Pollyanna, uma menina de 11 anos, filha única, que se tornou órfã. Seu pai era um missionário pobre e sua mãe morreu quando Pollyanna era bebê. Por conta disso, tendo apenas como parente mais próxima sua tia, Miss Polly Harrington, bastante rígida e pouco afetuosa, foi morar com ela na pequena cidade Beldingsville. Assim que chega de sua viagem, a menina é recebida na estação por Nancy, uma bondosa empregada, que fica maravilhada com a beleza e alegria da menina.

  “Em tudo há alguma coisa de bom. A questão é descobrir onde está.”

Miss Polly a tratava muito mal, sempre lhe aplicando castigos e deixando a menina de lado. É colocada para viver em um sótão. Se não fosse por Nancy e todas as pessoas ao seu redor que lhe acolheram de braços abertos, a menina não teria ganho nem um sorriso naquela casa escura e triste. Apesar disso, Pollyanna sempre estava ajudando as pessoas em sua volta, os cativando pela sua bondade e generosidade. 
Pollyanna é uma menina meiga, simpática, sorridente e falante. O motivo da felicidade da menina estava em um jogo em que ela gostava... O 'Jogo do Contente', ensinado por seu pai. Esse jogo consiste em fazer se sentir feliz apesar de ter acontecido algo ruim. No livro há vários trechos em que Pollyanna cita os motivos para ficar feliz, tudo através desse jogo: "Se a viagem for longa é bom assim você aprecia a vista, se for curta é bom porque você chega mais cedo ao destino"... E cada vez que ela ensinava a brincadeira para outras pessoas, mais feliz ficava. Logo, todos de sua vizinhança conhecem o jogo e passaram a jogar.

O JOGO DO CONTENTE
 "— Adoro pão e leite. Faz parte do jogo, Nancy, entende?  
— De que jogo está falando, menina? 
— O jogo do contente. Papai me ensinou. Começou com as muletas. 
— Muletas?! 
— Sim, eu tinha pedido uma boneca de Natal, mas na caixa de donativos da igreja, em vez da boneca, veio uma par de muletas. Papai explicou que eu deveria ficar contente por não precisar usar as muletas. 
— Contente por ganhar muletas em vez da boneca? Não entendi nada! 
— O jogo consiste em encontrar alegria em qualquer situação, Nancy. Se acontecem coisas ruins, o jogo fica mais divertido. Quer ser minha parceira?"

A narrativa da autora é rápida, os capítulos são curtos e os personagens são carismáticos e conquistam o leitor. Por ser um literatura infanto-juvenil, não existe dificuldades na leitura. Contudo, a história tem profundidade e lições de vida. O jogo do contente e a personalidade de Pollyanna, uma menina alegre que cria em seu próprio mundo uma maneira de encontrar felicidade onde não existe, já é uma lição de vida e um grande exemplo.



Eu li pela primeira vez esse livro quando tinha 9 anos. Quem me apresentou essa história foi a minha mãe, era seu livro favorito quando criança e, depois que eu conheci a história, brincávamos com o Jogo do Contente. O livro nos mostra uma mensagem de esperança, nos mostra que devemos buscar sempre o lado das coisas.

"Muitas vezes me acontece de brincar o jogo do contente sem pensar, a gente fica tão acostumada que brinca sem saber. Em tudo há sempre alguma coisa capaz de deixar a gente alegre; a questão é descobri-la."

Recomendo a leitura para todas as idades, essa obra apresenta uma história contagiante, feita para você se emocionar, rir e refletir, mas há algo triste no final da história, e mesmo assim, é cheia de lições de vida, sem dúvidas, encanta qualquer pessoa. No decorrer da leitura você vai encontrar alegria, amor e otimismo, valores que, infelizmente, foram perdidos nos dias de hoje. Tudo isso com a inocência e a sensibilidade em que uma criança encara todos os momentos. Uma verdadeira lição de humanização... O mundo seria um bom lugar se existissem várias Pollyannas!
      Há a continuação da história, publicada em 1915, intitulada "Pollyanna Moça". Que em breve será feita a resenha aqui no blog!


Resenha: Eu sou Malala


Nesse livro publicado pela editora Companhia das Letras, escrito em parceria com a escritora britânica Christina Lamb, conhecemos a história de Malala Yousafzai, uma menina de apenas 15 anos que ficou conhecida mundialmente pelo seu ativismo em defesa ao direitos das mulheres a educação e pelo atentado que quase tirou sua vida em 09 de outubro de 2012.
Essa autobiografia nos possibilita conhecer sua história a partir da infância, onde ela e sua família viviam na tranquilidade do Vale Swat, um lugar que era o verdadeiro paraíso para eles, um vilarejo repleto de belezas naturais.  
            ‘’Morávamos no lugar mais lindo do mundo. Meu vale, o vale do Swat, é um reino celestial de montanhas, cachoeiras generosas e lagos de água cristalina.’’ 

Desde a sua infância nota-se que a educação da Malala diferenciava-se de outras meninas da sua cultura, isso graças a visão de mundo que possuía seus pais, que possibilita essa formação que vai influenciar nas suas escolhas. Quando chega na adolescência podemos ver que ela é uma menina normal, como qualquer outra, uma garota que gosta de ouvir música, se divertir, e que é apaixonada por leitura "Eu lia livros como Ana Karênina, de Leon Tolstói e os romances de Jane Austen.'' mas apesar de todas as características de uma garota normal, ela é diferente; uma menina especial, sonhadora e de uma coragem imensurável. 

Uma das principais influências de Malala é seu pai, diferente dos outros homens de sua cultura, um marido e pai revolucionário. Em um lugar onde não é comemorado o nascimento de mulheres, seu pai comemora e como homenagem dá a ela o nome da maior heroína do Afeganistão.

Desde criança ela teve acesso a escola, isso porque seu pai Ziauddin era professor, e depois de muita luta  tornou-se dono de uma escola particular, onde sempre foi permitido meninas estudarem. Malala sempre soube das atrocidades que aconteciam no Afeganistão, e do perigo que era meninas irem a escola, por isso ela agradecia constantemente por viver em seu vale. ‘’Para mim, o vale era um lugar ensolarado. Não pude ver as nuvens se juntando atrás das montanhas. Meu pai costumava falar: vou proteger sua liberdade, Malala, pode continuar sonhando.’’ 
           
Quando o grupo Talibã ganha poder político e passa a perseguir e implantar seus ideais extremistas, as coisas começam a mudar, seu pai é intimidado a fechar escolas onde estudam meninas, e a violência e perseguição começam a ficar cada vez mais fortes, mas revolucionária como o pai, Malala não se calou diante de tanta crueldade, mesmo sob ameaças ela não desistiu de ter o direito a educação, ‘’Há um momento em que você deve escolher entre ficar em silêncio ou levantar-se.''  E é a partir deste momento que sua família sofre muita pressão que culmina com o atentado sofrido por Malala e seu exílio na Inglaterra. Devido ao seu ativismo, em  2014 ela tornou-se a mais jovem ganhadora do prêmio Nobel da Paz. ''Uma  criança, um professor, uma caneta e um livro podem mudar o mundo.'' 

Já conhecia um pouco da história da Malala antes mesmo de ler o livro, mas a leitura me possibilitou conhecer mais sobre essa menina incrível e sua família, a admiração que tenho por ela é enorme, em um mundo com tanta intolerância, desrespeito e maldade, ela nos ensina a importância do respeito, do amor e acima de tudo a lutar por um mundo melhor.

Essa história além de emocionar e passar grandes ensinamentos como a importância da educação e da igualdade de direitos, nos remete a fazer uma reflexão sobre a cultura dos muçulmanos e as atrocidades que eles passam por conta desse regime implantado, muita gente tem uma visão errônea do que é ser muçulmano, Malala acredita na religião dela, assim como milhares de muçulmanos também acreditam, porém sabem muito bem que sua religião não prega o que o Talibã prega. 

Malala Yousafzai é um exemplo de força, bravura e bondade; uma grande heroína, seus ensinamentos são incríveis e admiráveis. Todos deveriam ler esse livro, independente de idade, religião ou até mesmo gosto literário, essa leitura é obrigatória para todos.  

"Nós, seres humanos, não percebemos como Deus é grande. Ele nos deu um cérebro extraordinário e um coração amoroso e sensível. Abençoou-nos com a capacidade de falar e expressar nossos sentimentos, dois olhos para ver um mundo de cores e beleza, dois pés que caminham pela estrada da vida, duas mãos que trabalham para nós, um nariz que aspira fragrâncias deliciosas e dois ouvidos para escutar palavras de amor''. 




sábado, 12 de março de 2016

Resenha: Uma curva no tempo



Título: Uma curva no tempo
Autora: Dani Atkins
Páginas: 235
Editora: Arqueiro

Uma curva no tempo é o livro de estreia da escritora inglesa Dani Atkins, publicado pela editora arqueiro em 2015 o livro está sendo bem recebido tanto aqui no Brasil quanto em outros países.

A história é narrada em primeira pessoa pela personagem Rachel, o livro é basicamente dividido em duas partes, na primeira parte Rachel, seus amigos e namorado Matt se reúnem para um jantar de despedida para comemorar o fim do colegial e o começo de uma nova vida, neste dia um carro desgovernado aparece em direção ao restaurante em que eles estão, Rachel fica presa a mesa e é seu melhor amigo Jimmy que volta para salva-la, mas por conta disso ele acaba perdendo a própria vida.

"Ainda parecia forte e bronzeado, como havia poucos minutos, quando encontrara força para me puxar para longe do perigo. Só que agora ele não estava se mexendo. Muito antes de as ambulâncias chegarem até nós, eu me dei conta de que ele jamais voltaria a se mexer."

Cinco anos após esse acidente nós descobrimos que seu pai está com câncer e que na época do acidente Rachel ficou um bom tempo internada, que teve seu rosto desconfigurado e por conta das sequelas convive com dores de cabeça frequentes. Por se sentir culpada pela morte do melhor amigo, ela decidiu se afastar de todos, inclusive do namorado, agora ela vive em Londres em um apartamento pequeno, com um emprego que não era dos seus sonhos, tendo uma vida solitária e triste.

Quando sua melhor amiga Sara, que inclusive também estava no jantar de despedida manda um convite de casamento para ela, Rachel se vê obrigada a reviver o passado que tanto a assombrava, não tendo escolhas a não ser ir ela embarca de volta para sua pequena cidade.

Em um reencontro antes do casamento, Rachel percebe que todos seguiram com suas vida e estão bem, não se sentindo muito confortável e com uma dor de cabeça que insiste em não passar ela decide  ir embora, chegando no hotel em que está ela tem uma ideia repentina de ir ao cemitério visitar o túmulo de Jimmy, chegando lá em meio a lamentações e lágrimas ela começa a se sentir muito mal e sofre um desmaio. E é a partir dai que chegamos na segunda realidade da história, em que ela acorda em um hospital e fica completamente confusa com o que vê, seu pai não está doente, sua cicatriz sumiu, e Jimmy seu amigo que até então estava morto, está bem na sua frente. Agora ela é noiva de Matt e trabalha no que  sempre sonhou, mas mesmo sendo uma vida que sempre desejou, aquilo a deixa bem atordoada, e ela se nega a acreditar que seja real, tendo como lembranças apenas sua vida antiga. Decidida a provar para si mesma e a todos que aquilo só pode ser um sonho, ela resolve buscar pistas que provem o contrário.



Desde a primeira realidade nós já percebemos que Jimmy e Rachel nutrem um sentimento forte e verdadeiro um pelo outro, o que depois do acidente fica ainda mais claro, mas nessa sua nova realidade eles não são mais próximos, só que ela confia nele mais do que ninguém, e é Jimmy que a ajuda entender o que está acontecendo e fica ao lado dela.

"Assim era Jimmy; o garoto que me amara quando éramos crianças e o homem que havia se tornado. Eu podia confiar nele com relação a tudo. Eu podia confiar nele com relação à verdade. ‘’

Sabe aquele tipo de livro que você fica horas sem saber expressar o que sentiu, bom, é como fiquei, o desenrolar da trama me deixou confusa, curiosa e nervosa, sem entender o que estava acontecendo e qual das duas realidades era de fato real, ficava me questionando se tudo aquilo era loucura da cabeça dela, e o final, que final!! Ainda não sei dizer o que senti, foi uma mistura de alívio com tristeza. O nome original desse livro é fragmentados, e faz todo sentido, pois você irá ficar partido em milhares de pedaços. Com um narrativa intensa, emocionante e brilhante, Dani Atkins nos apresenta uma história que nós deixa extremamente tocados, nós faz refletir se faríamos as coisas de maneira diferente se a vida nos desse segundas chances, se aproveitaríamos ao máximo ficar ao lado de pessoas que amamos e se viveríamos a vida sem medo. Apesar de ser o primeiro livro da autora, ela soube de maneira extraordinária criar personagens cativantes e que nos deixam envolvidos, impossível não se encantar, é uma história que recomendo para pessoas que gostem de finais imprevisíveis e que não abrem mão de um bom drama.  

‘’Não existe garantia de nada na vida, Rachel. Acidentes e doenças acontecem, não podemos fazer nada em relação a isso....E Deus sabe  que você pode se meter em encrenca só ao se levantar da cama! Mas não podemos deixar isso reger nossa vida.’’