segunda-feira, 14 de março de 2016

Resenha: Pollyanna


Titulo: Pollyanna
Autora: Eleanor H. Porter
Páginas: 182
Editora: Companhia Editora Nacional

'Pollyanna' é um clássico da literatura infanto-juvenil da autora Eleanor H. Porter, sendo publicado em 1913, e nos apresenta uma das primeiras heroínas infantis. Uma história surpreendente e misturas de amor, amizade e transformação, de forma intensa e de linguagem simples.
O livro narra a história de Pollyanna, uma menina de 11 anos, filha única, que se tornou órfã. Seu pai era um missionário pobre e sua mãe morreu quando Pollyanna era bebê. Por conta disso, tendo apenas como parente mais próxima sua tia, Miss Polly Harrington, bastante rígida e pouco afetuosa, foi morar com ela na pequena cidade Beldingsville. Assim que chega de sua viagem, a menina é recebida na estação por Nancy, uma bondosa empregada, que fica maravilhada com a beleza e alegria da menina.

  “Em tudo há alguma coisa de bom. A questão é descobrir onde está.”

Miss Polly a tratava muito mal, sempre lhe aplicando castigos e deixando a menina de lado. É colocada para viver em um sótão. Se não fosse por Nancy e todas as pessoas ao seu redor que lhe acolheram de braços abertos, a menina não teria ganho nem um sorriso naquela casa escura e triste. Apesar disso, Pollyanna sempre estava ajudando as pessoas em sua volta, os cativando pela sua bondade e generosidade. 
Pollyanna é uma menina meiga, simpática, sorridente e falante. O motivo da felicidade da menina estava em um jogo em que ela gostava... O 'Jogo do Contente', ensinado por seu pai. Esse jogo consiste em fazer se sentir feliz apesar de ter acontecido algo ruim. No livro há vários trechos em que Pollyanna cita os motivos para ficar feliz, tudo através desse jogo: "Se a viagem for longa é bom assim você aprecia a vista, se for curta é bom porque você chega mais cedo ao destino"... E cada vez que ela ensinava a brincadeira para outras pessoas, mais feliz ficava. Logo, todos de sua vizinhança conhecem o jogo e passaram a jogar.

O JOGO DO CONTENTE
 "— Adoro pão e leite. Faz parte do jogo, Nancy, entende?  
— De que jogo está falando, menina? 
— O jogo do contente. Papai me ensinou. Começou com as muletas. 
— Muletas?! 
— Sim, eu tinha pedido uma boneca de Natal, mas na caixa de donativos da igreja, em vez da boneca, veio uma par de muletas. Papai explicou que eu deveria ficar contente por não precisar usar as muletas. 
— Contente por ganhar muletas em vez da boneca? Não entendi nada! 
— O jogo consiste em encontrar alegria em qualquer situação, Nancy. Se acontecem coisas ruins, o jogo fica mais divertido. Quer ser minha parceira?"

A narrativa da autora é rápida, os capítulos são curtos e os personagens são carismáticos e conquistam o leitor. Por ser um literatura infanto-juvenil, não existe dificuldades na leitura. Contudo, a história tem profundidade e lições de vida. O jogo do contente e a personalidade de Pollyanna, uma menina alegre que cria em seu próprio mundo uma maneira de encontrar felicidade onde não existe, já é uma lição de vida e um grande exemplo.



Eu li pela primeira vez esse livro quando tinha 9 anos. Quem me apresentou essa história foi a minha mãe, era seu livro favorito quando criança e, depois que eu conheci a história, brincávamos com o Jogo do Contente. O livro nos mostra uma mensagem de esperança, nos mostra que devemos buscar sempre o lado das coisas.

"Muitas vezes me acontece de brincar o jogo do contente sem pensar, a gente fica tão acostumada que brinca sem saber. Em tudo há sempre alguma coisa capaz de deixar a gente alegre; a questão é descobri-la."

Recomendo a leitura para todas as idades, essa obra apresenta uma história contagiante, feita para você se emocionar, rir e refletir, mas há algo triste no final da história, e mesmo assim, é cheia de lições de vida, sem dúvidas, encanta qualquer pessoa. No decorrer da leitura você vai encontrar alegria, amor e otimismo, valores que, infelizmente, foram perdidos nos dias de hoje. Tudo isso com a inocência e a sensibilidade em que uma criança encara todos os momentos. Uma verdadeira lição de humanização... O mundo seria um bom lugar se existissem várias Pollyannas!
      Há a continuação da história, publicada em 1915, intitulada "Pollyanna Moça". Que em breve será feita a resenha aqui no blog!


2 comentários:

  1. Oi Aline! Amo esse livro! Pollyanna e suas amizades, como ela trata as pessoas,como enfrenta os problemas sem perder a esperança e como ela incentiva as pessoas a jogarem o Jogo do contente. É muito bom! Amei sua resenha!

    Beijos. ^-^
    http://mundoliterariodavivi.blogspot.com.br/

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  2. Olá, Victória!

    Fico feliz que tenha gostado da resenha! E sim, Pollyanna ensina tantas coisas boas que todos deveriam ler esse livro!
    Jogo do Contante é clássico!
    Esse livro é meu amorzinho da vida <3

    Obrigada pela visita!
    Beijo, beijos

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