Todo mundo já passou por essa pergunta quando era criança: "o que você vai ser quando crescer?". Eu tinha 8 anos quando respondi que queria ser veterinária! Eu amo animais, tenho quase um zoo em minha casa, já quis (e ainda quero) recolher os cachorros de rua, queria abrir uma clínica com preço acessível com bom tratamento, enfim, inúmeros planos. Passei por anos da minha vida pensando nisso, para mim era algo concreto e não mudaria, mas adivinhem quem não seguiu essa profissão? Isso, eu mesma!
Sempre pensei que escolher uma profissão aos 18 anos algo injusto. Porque ainda somos "calouros" da vida para fazer qualquer escolha sobre o futuro, entretanto, nós estamos propensos a cobranças desde cedo. Quando entramos ao Ensino Médio, já damos de cara ao nosso principal objetivo que é ser preparados para uma escolha de faculdade, os professores já mencionam sobre profissões, estudar para vestibular, afinal, quem nunca ouviu "prestem muita atenção, isso cai bastante nas provas de vestibular", "leiam esse livro, será importante para vocês mais pra frente pro vestibular", entre outras frases que parecem ser clichês, porém são carregadas de pura verdade. E aguentar nos almoços de família seus tios perguntando sobre "E a faculdade? Já decidiu? Já está trabalhando? Trabalha no quê?" e acrescentam com: "Sabia que sua prima passou num concurso super concorrido e blablabla"... Sem esquecer os testes vocacionais, pressão dos pais, dúvidas cada vez mais frequentes, estresse do trabalho, aumenta ainda mais a vontade de largar tudo e vender miçangas na praia! Socorro!
Essa "coisa" de profissão nunca foi algo certo para mim. Eu sempre quis ser tudo, fazer tudo ao mesmo tempo. Já quis ser veterinária, bióloga, engenheira ambiental, cursar turismo, música (Música? História para próximos capítulos kkk'), já entrei para o curso de administração (odiei tanto que sai já no início do curso, não sei onde estava com a cabeça quando escolhi), estudava Letras e hoje, mudarei para jornalismo, essas duas últimas foi sim por causa do meu amor por livros e escrita. Indecisão? Talvez! Para mim conta mais como receio de trabalhar com algo que não me dê satisfação, não ligo para isso de "ah, escolha algo que dê dinheiro" (vou trabalhar numa caixa eletrônica, parei), do que adianta você trabalhar em algo somente pelo dinheiro e ser infeliz com aquilo que faz? Não, eu não quero isso para minha vida!
"Nossa, mas não está tarde para você ainda ter essas dúvidas? Isso é coisa de adolescente". Primeiramente, não existe idade certa para se formar, de se encontrar em alguma coisa que te faça se sentir realizada. Já foi o tempo que tínhamos médicos, advogados, engenheiros, professores porque os pais queriam ou que você tinha que estar formada até os 25 anos e ter um ótimo emprego aos 30. Se casar, ter filhos, literalmente "brincar de casinha", está ai uma coisa que não faz parte dos meus planos, pelo menos ainda não: Casar! Afinal ser esposa e ser mãe é quase uma profissão também, se for parar para pensar.
Eu acredito que todos nós possuímos um relógio de nossas vidas, igual aquele do clipe "Save me" do Nickelback, onde cada situação tem sua hora certa para acontecer... Não fique deprimido e pense que você é um fracassado, atrasado e errado ao ver pessoas da sua idade já decidas do futuro, que estão bem a frente de você, pense que até a última pessoa de uma maratona é vencedor, pois mesmo que o primeiro lugar já tenha chegado o corredor não desiste, ele continua até concluir a prova! Você alcançará sua linha de chegada, apenas siga seu ritmo.
Esse texto foi mais um desabafo e dedico para pessoas que estão nesse mesmo dilema que eu ou conhecem alguém que está nessa situação. Não importa sua idade, siga aquilo que está no seu coração, realize seus sonhos, trace suas metas, faça aquilo que você se sinta bem independentemente do tempo. Infelizmente nesse mundo sempre vai existir pessoas que se sentem melhores que outras. Acredite em si mesmo, e como diz Renato Russo "Quem acredita sempre alcança".
Beijos e até o próximo post!
Escrito por:
Aline Oliveira
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