Título: Suffagette
Lançamento: 2015
Duração: 106 minutos
Direção: Sarah Gavron
Elenco: Carey Mulligan, Helena Bonham Carter, Meryl Streep,
Gênero: Drama
Nacionalidade: UK
As sufragistas
(suffragette) é uma história baseada em fatos reais, o longa dirigido por Sarah
Gravam estreou no Brasil em 12 de outubro de 2015 e conta com um elenco
incrível com Elena Bonham Carter, Brendan
Gleeson, Anne-Marie Duff, Meryl Streep e Carey Mulligan.
O filme é inspirado no
movimento sufragista que se deu inicio no século XX, na Inglaterra.
Já
percebemos o contexto histórico do filme logo no começo quando na cena de um parlamento
machista se discute a não participação das mulheres na politica, enquanto em
outra cena mostra mulheres participando ativamente da economia trabalhando em
um fábrica. Em seguida vemos a intensa luta das sufragistas para serem ouvidas.
“Por décadas, as mulheres fizeram campanhas
pacificas pela igualdade e pelo direito ao voto. Seus argumentos foram
ignorados. Em resposta, Emmeline Pankhurst, líder do movimento Sufragista,
apelou por uma campanha nacional de desobediência civil. ”
A estrela principal do
filme Maud Watts (Carey Mulligan) é uma mulher pacata, casada e com um filho,
assim como muitas outras trabalhadoras do século XX. Ela trabalha em uma
lavanderia e certo dia ao sair do expediente se depara com o caos gerado por um
protesto, foi nesse momento que ela reconheceu uma amiga de trabalho, Violet
Miller (Anne-Marie Duff). O protesto se dava pelo direito ao voto
feminino, isso faz Maud repensar a vida que leva, pois até então era normal
para ela viver sem questionamentos, com uma péssima condição de trabalho sendo
explorada e abusada pelo patrão.
Com isso aos poucos
ela começa a ter consciência das injustiças que as mulheres levam, e a partir dai
procura saber mais sobre o grupo sufragista; ela demora a se posicionar mas
acaba militando no grupo e sofrendo as consequências politicas sociais que
essas mulheres sofriam ao lutar pelo direito ao voto, como perseguições, prisões
e repressão policial.
‘’Nós quebramos janelas, queimamos coisas, porque a guerra é a única
língua que o homem escuta’’.
Um dos pontos mais emocionantes do
filme é o discurso da sufragista Emmeline Pankhurst (Meryl Streep) que é uma das militantes feministas mais
importantes do movimento sufragista, a cena foi interpretada excepcionalmente por Streep. ‘’Durante
cinquenta anos temos trabalhado de forma pacífica para garantir o voto para as
mulheres. Temos sido ridicularizadas, maltratadas e ignoradas. Agora percebemos
que ações e sacrifícios, devem ser a ordem do dia. Estamos lutando por um tempo
em que cada menina nascida neste mundo terá uma oportunidade igual aos seus
irmãos. Nunca subestime o poder que as mulheres têm de definir os nossos
próprios destinos. Nós não queremos quebrar as leis, nós queremos faze-las.”
Outra aparição fundamental do enredo foi a da militante Emily Davison (Natalie Press),
que foi uma ativista de extrema importância para o movimento, foi a partir de
uma atitude dela que o grupo sufragista passou a ser ouvido.
A história nos faz refletir sobre a condição
da luta das mulheres, demonstrando que nada é conquistado por acaso, que precisamos
erguer a nossa voz, pois ninguém fara isto por nós. Tudo é conquistado com
muita luta, esforço, sacrifício e perseverança.
Assisti esse filme no ano passado e estava a tempos querendo escrever
sobre ele, pois foi um dos melhores filmes que assisti em 2015, é uma história que todos deveriam conhecer.
Tanto as
atuações quanto o enredo foram impecáveis e o que eu mais gostei na história
foi que ela nos deixa com o seguinte questionamento: Por que precisamos do feminismo?
sabemos que ainda hoje há muitas mulheres que se declaram contra o feminismo e
que dizem não precisar dele, mas a
grande questão é que precisamos do feminismo e acima de tudo precisamos ser feministas, devemos lutar pelos nossos
direitos e pela igualdade de gênero, precisamos ter e ser mulheres como Emmelines’ s e Emily’s. Ainda há muito a ser conquistado em relação
ao direito das mulheres, e se nós nos calarmos ninguém irá erguer a voz por nós.
Abaixo algumas fotos reais das sufragistas
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